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Artigo: Cafeína, estimulante para a mente e corpo!

[:pb]A cada dia mais pessoas buscam por soluções que possam manter o estado de alerta para o desempenho das tarefas diárias. Além do consumo habitual da cafeína devido à sua presença em produtos alimentícios, ela também pode ser usada como suplemento para promover o efeito estimulante desejado e contribuir para a melhora do foco, concentração e redução significativa da fadiga.

O QUE É A CAFEÍNA?

Composto pertencente ao grupo dos alcaloides – de ação estimulante ao sistema nervoso central (SNC) – e classificada como uma metilxantina. A Cafeína está presente em diversas espécies vegetais, como café, cacau, chá verde, erva mate, guaraná, etc. No meio esportivo, a cafeína destaca-se como recurso ergogênico, ou seja, substâncias que proporcionam melhora da performance esportiva, sendo consumida com o objetivo de postergar a fadiga nas modalidades esportivas que utilizam-se de metabolismo aeróbico e anaeróbico.

ABSORÇÃO:

Sua absorção pelo trato intestinal é bastante rápida, chegando a corrente sanguínea de 15 a 30 minutos após sua ingestão, com pico após 60 minutos, ou seja, proporciona um efeito agudo. Os fatores que podem interferir nessa metabolização são:

Peso corporal


Gênero


Estado de hidratação


Consumo habitual de cafeína


Dieta


Uso de medicamentos, o que também vai interferir nos metabólitos excretados pela urina.

MECANISMO DE AÇÃO:

A via central de ação se dá pela estimulação do sistema nervoso simpático, onde há aumento da liberação e ação das catecolaminas, entre elas a adrenalina e noradrenalina.

A adrenalina promove vasodilatação, glicogenólise e broncodilatação, esses efeitos fisiológicos melhoram a irrigação sanguínea, geração de energia e da capacidade respiratória.

A cafeína bloqueia os receptores de adenosina – nucleosídeo com ações no sistema nervoso central e também na região periférica. A cafeína tem ação antagonista nos receptores A1, com isso há significativo aumento dos níveis de AMPcíclico (AMPc), considerado um segundo mensageiro intracelular, acelerando as atividades neurais, o que reflete também nas regiões periféricas, tendo em vista que a adenosina está presente em diversos tecidos além do sistema nervoso, como coração, músculo esquelético e adipócitos, promovendo o aumento da concentração, melhora do humor, diminuição no tempo de reação, aumento na liberação de catecolaminas, aumento da mobilização e oxidação de ácidos graxos livres, e uso de triglicérides pelos músculos.

Já a ação periférica da cafeína ocorre indiretamente pela ação das catecolaminas, ou ainda diretamente no músculo esquelético através da redução do limiar de excitabilidade das fibras musculares. Esse mecanismo permite prolongar a duração da contração muscular e ocorre através do aumento da liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático para o sarcoplasma, ocorrendo o aumento das concentrações de cálcio disponíveis na célula para a realização dessa contração e permitindo maior sensibilidade da actina e miosina (proteínas contráteis das células musculares) ao cálcio. O aumento de cálcio nas fibras musculares desencadeia outro mecanismo de ação que pode aumento da atividade da bomba de sódio e potássio, em que há aumento das concentrações de potássio no meio intracelular e mais baixas no extracelular, garantindo melhora na contração muscular.

Ações:


Estimulante;


Vasodilatação;


Broncodilatação;


Oxidação lipídica;


Otimização da contração muscular.

Vantagens:


Melhora da performance esportiva;


Melhora do foco e concentração;


Melhora do estado de alerta;


Efeito termogênico.

https://blog.mixnutri.com.br/produto/cafeina/

Referências Bibliográficas 1. Braga et al. A cafeína como recurso ergogênico nos exercícios de endurance. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.8, n.3, pag 33-37, 2000. 2. Altermann et al. A influência da cafeína como recurso ergogênico no exercício físico: sua ação e efeitos colaterais. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v.2, n.10, pag 225- 239, 2008. 3. Altimari et al. Cafeína e performance me exercícios anaeróbios. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v.42, n.1, 2006. 4. Altimari et al. Cafeína: ergogênico nutricional no esporte. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.9, n.3, pag 57-64, 2001. 5. Peixoto et al. Riscos da interação droga-nutriente em idosos de instituição de longa permanência. Revista Gaúcha de enfermagem, v. 33 (3), pag 156-164, 2012.
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